sábado, 28 de novembro de 2009

Características da Poesia

A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. “Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.”

O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.

Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).

A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.

== == Gêneros poéticos ==

Os gêneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloqüente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia.

Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.

Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada. Essa definição torna-se insuficiente quando se volta o olhar para a poesia social, a política ou a metapoesia. Com o advento da poesia concreta, o próprio ritmo da palavra foi anulado como definição de poesia, valorizando mais o sentido.
O poema passa a ter função de exprimir sucintamente e entre linhas o pensamento do eu-lírico. A narrativa também pode fazer isso, mas a maioria dos poemas, com exceção dos épicos, não se baseia num enredo.

A mensagem do autor é muito mais importante do que a compreensão de algum fato.
"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" - Levi Trevisan.

fonte: Wikipédia

POEMA

O POEMA E A POESIA

Falar de poesia num tempo tão sem poesia é, deveras, quase falar balela. No entanto, apesar de tanta insensibilidade, tanta mediocridade, tanta barbárie, insiste-se no sentimento do ser humano na forma como realmente ele deve ser: humano.
Entenda-se que a insensibilidade, a mediocridade e a barbárie sempre se fizeram presentes no inventário humano, o que nos deixa, por conclusão, que não é nenhuma novidade resistir. Se sempre fora adversa a realidade com relação ao sentimento humano, não será agora, que tudo se redima de uma vez. A gente vai continuar resistindo mesmo que a indiferença seja plena e que os ouvidos e toda percepção humana se torne uma parede gélida de inumanidade. Pois bem, antes de mais nada, gostaria de fazer menção ao fato de que diversos estudantes tem recorrido a este Guia, solicitando a diferença entre poema e poesia.
Então, aproveito tal interesse para trocar umas idéias a respeito. Inicialmente, na tentativa de esclarecer o que é o poema, faço uso da definição dada pelo eminente escritor Assis Brasil: "Poema é o ´objeto` poético, o texto onde a poesia se realiza, é uma forma, como o soneto que tem dois quartetos e dois tercetos, ou quatorze versos juntos, como é conhecido o soneto inglês. Um poema seria distinto de um texto ou estrofes.
Quando essa nomenclatura definitiva é eliminada, passando um texto a ser apresentado em forma de linhas corridas, como usualmente se conhece a prosa, então se pode falar em poema-em-prosa, desde que tal texto (numa identificação sumária e mecânica) apresente um mundo mais ´poético` ou seja, mais expressivo, menos referente à realidade. A distinção se torna por vezes complexa. (...) a poesia pode estar presente quer no poema que é feito com um certo número de versos, quer num texto em prosa, este adquirindo a qualidade poema-em-prosa".
Já poesia, Assis Brasil define como: "(...) uma manifestação cultural, criativa, expressiva do homem. Não se trata de um ´estado emotivo`, do deslumbre de um pôr-do-sol ou de uma dor-de-cotovelo; é muito mais do que isso, é uma forma de conhecimento intuitivo, nunca podendo ser confundido o termo poesia com outro correlato: o poema". Daí fica claro que um é o objeto e, o outro, a manifestação. E para não ficar tão simplista, possibilitando maior amplitude, considere-se outras observações, a meu ver, pertinentes.
Aristóteles, por exemplo, em sua Poética, tratou sobre o assunto:"(...) não é ofício de poeta narrar o que aconteceu; é sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. (...) a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela principalmente o universal, e essa o particular. (...) Daqui claramente se segue que o poeta deve ser mais fabulador que versificador; porque ele é poeta pela imitação e porque imita ações". Sobre esta visão aristotélica, Ariano Suassuna considerou que a poesia, no sentido grego, significa criação: "(...) como espírito criador que se encontra na raiz de todas as artes. (...)
A poesia seria o espírito criador que se encontra por trás de todas as artes literárias, sejam estas realizadas através da prosa ou do verso". Assim, poesia é "o ritmo e a imagem, principalmente a metáfora". Ampliando mais a discussão, no que concerne ao que pensam determinados poetas do que seja, na verdade, a poesia.Vejamos pois, o que pensa, por exemplo, Maiakovsky: "A poesia começa onde existe uma tendência. (...)
A poesia é uma indústria: das mais difíceis e das mais complicadas, mas, apesar disso, uma indústria. Aprender o ofício de poeta não é aprender o modo de preparar um tipo definido e limitado de obras poéticas, mas sim, o estudo dos meios de todo o trabalho poético, o estudo das práticas dessa indústria que ajudam a criar outros. (...) O trabalho do poeta deve ser quotidiano, a fim de melhorar a técnica, e acumular reservas poéticas".
Eliot, por outro lado, defende que: "(...) A poesia pode ter um significado social deliberado e consciente. (...) Podemos observar que a poesia difere de qualquer outra arte por ter para o povo da mesma raça e língua do poeta um valor que não tem para os outros. (...) nenhuma arte é mais obstinadamente nacional do que a poesia (...) a poesia que é o veículo do sentimento". E arremata: "
A poesia é uma constante lembrança de todas as coisas que só podem ser ditas em uma língua, e que são intraduzíveis". E como tarefa de poeta, Eliot defende que primordialmente e sempre se leve a efeito uma revolução na linguagem, articulada com musicalidade de imagens e de sons. Pound, entretanto, acrescenta: "
Cada homem é o seu próprio poeta", defendendo que ninguém será um poeta escrevendo hoje com um jeito de anos atrás e que a linguagem deve ser usada com eficiência.
Uma série de outras questões podem e devem ser abordadas, ficando, portanto, para a próxima oportunidade, uma maior observação a respeito do tema poesia.

O Editorial

O editorial é um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente. É comum se ter uma seção chamada Editorial na mídia impressa.
Então, a objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, uma vez que o redator dispõe da opinião do jornal sobre o assunto narrado. Logo, os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de modo que evidencie a posição da mídia, ou seja, do grupo que está por trás do canal de comunicação, uma vez que os editoriais não são assinados por ninguém. Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo. O editorial possui um fato e uma opinião.
O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a interpretação do que aconteceu. Pelas características apontadas acima, podemos dizer que o editorial é um texto: dissertativo, pois desenvolve argumentos baseados em uma ideia central; crítico, já que expõe um ponto de vista; informativo, porque relata um acontecimento.
O jornal que apresenta matérias excessivamente críticas e opinativas e que não possui um ambiente separado para editoriais é considerado “de opinião”! Contudo, contrariando o fato do editorial levar em consideração a opinião do jornal como um todo, muitos editoriais de revista mostram apreciações feitas por autores que assinam o texto e muitas vezes até mostram o rosto em uma foto!

Artigo de opinião

Artigo de opinião

É comum encontrarmos circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. É importante estar preparado para produzir este tipo de texto, pois em algum momento e/ou circunstância poderá surgir oportunidades ou necessidades de expor idéias pessoais através da escrita.
Nos gêneros argumentativos em geral, o autor tem a intenção de convencer seus interlocutores e para isso precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões coerentes.
O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.
A partir da leitura de diferentes textos, o escritor poderá conhecer vários pontos de vista sobre um determinado assunto.
Assim, para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações.
Observe:
a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que achou melhor, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.
b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.
c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a idéia principal do texto de modo mais consciente e desenvolva-os.
d) Pense num enunciado capaz de expressar a idéia principal que pretende defender.
e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, confirme a idéia principal, faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido.
f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.
g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto)
h) Após o término, releia seu texto observando se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a idéia é fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e por fim observe se o texto como um todo é persuasivo.

CRÔNICA

Olá, meus queridos do Português Comentado, a pedido da aluna Maria Liliana Alves Paiva, vou postar sobre redação.
Eis o pedido dela:
"Olá Professor! Por acaso o Senhor tem algum material sobre crônica narrativa, editorial, artigo e poema?
Então vamos aos assuntos.
A CRÔNICA
(Grego krónos = tempo)


O vocábulo «crônica» mudou de sentido ao longo dos séculos. A princípio, designava um "relato cronológico dos fatos", isto é, uma lista ou relação de acontecimentos, organizados conforme a seqüência linear do tempo, ou seja, uma narração de episódios históricos. Em termos práticos a crônica se limitava a registrar os eventos, sem aprofundar-lhes as causas ou dar-lhes qualquer interpretação. Dentro dessa característica a crônica atingiu seu ápice após o século XII. Porém, nessa altura a crônica já exigia uma distinção: as que narravam acontecimentos com abundância de pormenores, com a intenção de esclarecer ou interpretar os acontecimentos numa perspectiva individual, recebiam o tradicional nome de «crônica». Em contrapartida, as “crônicas breves”, isto é, as simples e impessoais notações dos acontecimentos históricos, passaram a denominar-se «cronicões».

A partir do século XIX, com o avanço da imprensa e do jornal, a crônica passa a ostentar estrita personalidade literária. Assim entendida, a crônica teria sido inaugurada pelo francês Jean Lous Geoffroym, em 1800, no jornal “Des Débats” na forma de folhetim que, entre nós, apareceu depois de 1836. Não tinha, ainda, as características que tem hoje:

“Era um texto mais longo, publicado geralmente aos domingos no rodapé da primeira página do jornal, e seu primeiro objetivo era comentar e passar em revista os principais fatos da semana, fossem eles alegres ou tristes, sérios ou banais, econômicos ou políticos, sociais ou culturais. O resultado, para dar um exemplo, é que num único folhetim podiam estar, lado a lado, notícias sobre a guerra da Criméia, uma apreciação do espetáculo lírico que acabara de estrear, críticas às especulações na Bolsa e a descrição de um baile no Cassino."
(FARIA, João Roberto no prefácio de Crônicas Escolhidas de José de Alencar)

De lá para cá, o prestígio da crônica não tem deixado de crescer, a ponto de haver os que a identificam com a própria Literatura Brasileira ou a consideram nossa exclusividade.
De assunto livre, mas geralmente voltado para os pequenos fatos do cotidiano, a crônica é o único gênero literário produzido essencialmente para ser vinculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. De maneira, que ela é feita com uma finalidade pré-estabelecida: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem. Pelo seu caráter jornalístico a crônica é efêmera e, não raro, sobrevive ao tempo. Por isso, é que, posteriormente, são reunidas em livro. Assim, seu autor dá-lhe um status mais perpétuo, ou mais nobre.

Regra geral, a crônica é um comentário leve e breve sobre algum fato do cotidiano. Seu motivo, na maioria dos casos, é o pequeno acontecimento, isto é, a notícia que ninguém prestou atenção, o acontecimento insignificante, a cena corriqueira, trivialidades. Mas nem só de uma conversa despretensiosa a respeito do dia-a-dia vive a crônica. Com relativa freqüência, ela se aproxima do conto, devido a um tratamento literário mais apurado, principalmente no que tange a linguagem. Tanto é, que, muitas vezes, é difícil estabelecer as diferenças entre o conto e a crônica, pois, nesse caso, dela também participam personagens; o tempo e o espaço estão claramente definidos e um pequeno enredo é desenvolvido. Essa proximidade é que tem levado vários cronistas à prática mais ou menos disfarçada do conto. No entanto, esta diferenciação só é perceptível àquele com leitura contínua de contos e de crônicas. De qualquer maneira, há certa dificuldade de se estabelecer uma fronteira teórica entre ambos. Contudo, podemos enumerar algumas características da crônica que podem ser confrontadas com as do conto:
• Ligada à vida cotidiana. Depoimento pessoal, com estilo e pontos de vista individuais. Narrativa informal, familiar, intimista.
• Uso da oralidade na escrita = linguagem coloquial, às vezes sentimental, ou emotiva, ou ainda, irônica, crítica.
• Sensibilidade no contato com a realidade. Natureza ensaística. Síntese, brevidade, leveza, dose de lirismo.
• Uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e criatividade.
• Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada.


OS VÁRIOS TIPOS DE CRÔNICA

Crônica Lírica ou Poética

Em uma linguagem poética e metafórica o autor extravasa sua alma lírica diante de episódios sentimentais, nostálgicos ou de simples beleza da vida urbana, significativos para ele. Como, por exemplo, em «Brinquedos Incendiados», de Cecília Meireles. Por vezes, esse tipo de crônica é construído em forma de versos poéticos. Contudo, tem-se observado estar, a crônica lírica ou poética, cada vez mais em desuso, provavelmente devido à violência e a degradação da vida nas grandes cidades brasileiras.

Crônica de Humor

Apresenta uma visão irônica ou cômica dos fatos em forma de um comentário, ou de um relato curto. Como em «Sessão de Hipnotismo», de Fernando Sabino. É uma crônica muito próxima do conto. Procura basicamente o riso, com certo registro irônico dos costumes.

Crônica-Ensaio

Apesar de ser escrita em linguagem literária; ter um espírito humorístico e valer-se, inclusive, da ficção; este tipo de crônica apresenta uma visão abertamente crítica da realidade cultural e ideológica de sua época, servindo para mostrar o que autor quer ou não quer de seu país. Aproxima-se do ensaio, do qual guarda o aspecto argumentativo. Paulo Francis e Arnaldo Jabor são dois grandes representantes desse tipo de crônica. Como exemplo, cito: Reality Show, de Marcelo Coelho.

Crônica Descritiva

Ocorre quando uma crônica explora a caracterização de seres animados e inanimados, num espaço vivo, como numa pintura.

Crônica Narrativa

Tem por base uma história (às vezes, constituída só de diálogos), que pode ser narrada tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Por essas características, a crônica narrativa se aproxima do conto (por vezes até confundida com ele). É uma crônica comprometida com fatos do cotidiano, isto é, fatos banais, comuns. Não raro, a crônica narrativa explora a caracterização de seres. Quando isso acontece temos a Crônica Narrativo-Descritiva.

Crônica Dissertativa

Opinião explícita, com argumentos mais “sentimentalistas” do que “racionais” (em vez de “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil”, seria “vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo”). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.

Crônica Reflexiva

Reflexões filosóficas sobre vários assuntos. Apresenta uma reflexão de alcance mais geral a partir de um fato particular.

Crônica Metafísica

Constitui-se de reflexos filosóficos sobre a vida humana.

Cada cronista é singular pelo estilo que apresenta. Portanto, a tentativa de classificar a crônica deve ser vista aqui como uma sugestão para você criar seu próprio texto.
A crônica teve um desenvolvimento específico no Brasil, não faltando historiadores literários que lhe atribuem um caráter exclusivamente nacional. Com efeito, a crônica como a entendemos, não é comum na imprensa de outros países. Por isso, entre nós, o prestígio da crônica não tem deixado de crescer. Machado de Assis, Olavo Bilac, Humberto Campos, Raquel de Queirós ou Rachel de Queiroz, Carlos Drummond de Andrade, Rubens Braga, Paulo Mendes, Paulo Francis, Arnaldo Jabor, Érico Veríssimo e tantos outros, cultivaram-na ou cultivam-na com peculiar engenhosidade, criatividade e assiduidade.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Resposta à pergunta de alunos.

QUAL O ERRO DE REGÊNCIA NO EMPREGO DO PRONOME RELATIVO DA FRASE?
ESTA É UMA HISTÓRIA MUITO SIMPLES À QUAL FALA DO AMOR ENTRE UM AVÔ E UM NETO.?

Ora, caro aluno, neste caso temos um erro básico de regência. É o seguinte: Para que possamos ter preposição antes de pronome relativo, será necessário que o verbo dentro da oração adjetiva peça um complemento preposicionado.
No caso específico, sa dúvida do aluno, o pronome relativo atua como sujeito do verbo falar. Portanto, o sujeito não pode vir atencedido de preposição.

ESTA É UMA HISTÓRIA MUITO SIMPLES.
UMA HISTÓRIA MUITO SIMPLES(= a qual) FALA DO AMOR ENTRE UM AVÔ E UM NETO.

Portanto, a crase é indevida.

Estou aguardando mais perguntas através do email: professornetofontenele@ymail.com

Até mais e só alegria!!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Questões ESAF

QUESTÕES da ESAF
Olá, assíduos deste nosso querido BLOG!Sintam-se à vontade...Espero que nossas explicações sejam úteis.Vamos agora a mais análises?Quaisquer dúvidas, enviem emails.À prova!

ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – ESAF/20081. Assinale a opção em que o trecho do Valor Econômico (15/01/2008 – com adaptações) apresenta erro gramatical.
a) Várias lições foram aprendidas com o apagão de 2001 e não há dúvida de que a situação em que o País se encontra para prevenir e enfrentar a eventual repetição de cortes forçados de energia são muito melhores que as de sete anos atrás.

b) Há pelo menos dois anos o abastecimento de gás natural deixou de ser confiável, e não será pela proximidade de escassez de energia que o problema mudará de natureza.

c) A questão da necessidade de medidas de economia de energia, sejam elas quais forem ― inclusive a que deveria ser item permanente de todos os governos, todos os anos: a racionalização do uso ―, passou a ser encarada pelo governo como um desafio.

d) O modelo energético atual privilegiou a garantia de fornecimento da energia e a modicidade tarifária para novos empreendimentos. Tem pontos fortes e fracos, como todos os modelos. Ele é estatista e centralizador, sem que, por isso, esteja condenado à ineficiência.

e) Ao contrário, a previsibilidade de todo o sistema é hoje maior, embora isto tampouco seja uma garantia de que as necessidades do futuro serão atendidas por medidas adequadas no presente.

Se o planejamento for seguido à risca, a situação da oferta do gás tem condições de melhorar em 2008.

COMENTÁRIOSQuanto a erros gramaticais, temos que ter, inevitavelmente, alguns conhecimentos acerca de CONCORDÂNCIA, REGÊNCIA, CRASE e PONTUAÇÃO.

Se alguém indagasse: professor, dentre esses quatro assuntos, qual você acha que é mais comum? Responderia: CONCORDÂNCIA (verbo-nominal).

ITEM A:
Várias lições foram aprendidas com o apagão de 2001 e não há dúvida de que a situação em que o País se encontra para prevenir e enfrentar a eventual repetição de cortes forçados de energia são muito melhores que as de sete anos atrás.
Aqui temos um erro de CONCORDÂNCIA, sim senhor, e de Coesão....a situação em que o País se encontra para prevenir e enfrentar a eventual repetição de cortes forçados de energia são muito melhores...Ora, temos o verbo SER, no caso, flexionado “SÃO”.

Logo, “O QUE SÃO MELHORES...?”RESPOSTA: “SITUAÇÃO...” (núcleo do sujeito)

OUTRO ERRO:...a situação em que o País se encontra para prevenir... é muit melhor que as de sete anos atrás...A palavra destacada é um pronome que retoma que nome?

RESPOSTA: "situação"Logo, deveria estar no SINGULAR.CORREÇÃO:...a SITUAÇÃO em que o País se encontra para prevenir...

É muito MELHOR que A (pronome retomando "situação") de sete anos atrás...

2. O texto abaixo é adaptado de O Estado de S. Paulo, 12/01/2008. Assinale o trecho que apresenta erro gramatical.

a) Embora tenham registrado o expressivo crescimento de 49,2% em 2007, as vendas de máquinas agrícolas, no total de 38,3 mil unidades, ainda ficaram abaixo do recorde registrado em 2004, de cerca de 43 mil unidades.

b) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que reúne também os fabricantes de máquinas agrícolas, acredita que, na próxima safra, a atividade no campo se manterá intensa, com aumento da área plantada e da produção de grãos.

c) Prevê que, neste ano, as vendas crescerão cerca de 15% em relação às de 2007, resultado muito bom. As novas estimativas do governo para a próxima safra justificam a previsão dos fabricantes.

d) Se ela se confirmar, as vendas do setor alcançarão, e provavelmente superaram, os níveis de 2002 e 2004, o período de melhor desempenho do setor em toda a história, e ao qual se seguiu uma abrupta queda, parcialmente revertida no ano passado.

e) Os fabricantes de máquinas agrícolas confessam-se surpreendidos com os resultados de 2007. Esperavam o crescimento das vendas, mas como disse o vice-presidente da Anfavea para a área de máquinas agrícolas, Milton Rego, “o que surpreendeu foi o vigor da recuperação”.

COMENTÁRIOSMais uma vez, na mesma prova, a ESAF cobrou atenção do candidato no que diz respeito a diversos conhecimentos gramaticais.

ITEM D

Se ela se confirmar, as vendas do setor alcançarão, e provavelmente superaram, os níveis de 2002 e 2004, o período de melhor desempenho do setor em toda a história, e ao qual se seguiu uma abrupta queda, parcialmente revertida no ano passado.

1º ERRO: CONCORDÂNCIATemos aí o verbo CONFIRMAR. Se pensarmos sempre que toda análise em português se inicia com VERBO e SUJEITO, podemos sim ter melhores desempenhos nos concursos.
Logo, houve um erro referente à CONCORDÂNCIA VERBAL, na primeira instância.
“O que vai se CONFIRMAR?”RESPOSTA: ela. Certo...mas “ela” QUEM?! Ora, esse pronome se refere à palavra VENDAS. Então a concordância correta é:Se ELAS não se CONFIRMAREM, AS VENDAS...

2º ERRO: EMPREGO DA VÍRGULA...as vendas do setor alcançarão, e provavelmente superaram, os níveis de 2002 e 2004...As vírgulas empregadas nesse segmento são injustificadas.
A primeira separa um verdadeiro processo de coordenação entre o verbo ALCANÇARÃO e “SUPERARAM”. E a segunda separa o verbo “SUPERARAM” de seu COMPLEMENTO (os níveis...).
CORREÇÃO:...as vendas do setor alcançarão e provavelmente superaram os níveis de 2002 e 2004...

3º ERRO: FLEXÃO VERBALA flexão do verbo SUPERAR está incorreta no contexto.
Se com o verbo ALCANÇAR temos a forma no FUTURO, sendo assim teremos também o SUPERAR nesse mesmo tempo.CORREÇÃO:...as vendas do setor ALCANÇARÃO e provavelmente SUPERARÃO os níveis de 2002 e 2004...

3. As opções trazem propostas de continuidade ao trecho abaixo, diferentemente redigidas. Assinale a que contém erro de regência e/ou de concordância.Como ninguém quer falar em aumento de impostos, todos se aferram à expressão mágica: reforma tributária. O tema evoca um país moderno, com distribuição mais justa dos valores arrecadados. (Krieger, Gustavo. “Agenda necessária e agenda possível”, Correio Braziliense, 7/1/2008, p. 4)

a) Bonito na retórica. Quando o assunto chega à mesa de discussões, o clima muda. O governo federal não quer dividir seu caixa. Estados e Municípios sempre querem mais dinheiro.

b) É bonito até chegar à mesa de discussões. Aí ninguém quer perder. Ao contrário: todos lutam para aumentar sua fatia do bolo.

c) Tudo vai bem até o assunto chegar à mesa de discussões. União, Estados e Municípios se digladiam para não perderem nenhuma partezinha do que arrecadam. O que querem mesmo é ganhar mais.

d) Todos concordam até se sentarem na mesa de discussões, quando se inicia os mais acalorados debates. Ninguém quer perder. Estados e Municípios buscam aumentar seu quinhão na nova divisão do dinheiro arrecadado.

e) Falar em reforma tributária é bonito. O xis da questão é botá-la no papel, quando os interesses da União, Estados e Municípios se chocam na busca de uma fatia maior do bolo para cada um.

COMENTÁRIOSNessa questão agora, o enunciado é bem evidente quanto à cobrança do conteúdo:erros relativos ou à CONCORDÂNCIA ou à REGÊNCIA.ITEM DTodos concordam até se sentarem na mesa de discussões, quando se inicia os mais acalorados debates.

1º ERRO: REGÊNCIA VERBALO verbo SENTAR exige tanto a preposição EM quanto A.
Isso, porém, resulta em diferença semântica, isto é, sentidos distintos.
A oscilação entre uma e outra preposição referente a um mesmo verbo não é exclusividade do lexema em questão.Temos, por exemplo, o verbo IR, que pode ser construído tanto com a preposição A como PARA, entretanto com mudanças de significado.

Exemplo:1. Vamos a Curitiba. (a idéia da preposição sugere “momentaneidade”).

2. Vamos para Curitiba (já aqui a idéia incide em “estabilidade”).No caso do verbo SENTAR, temos as possíveis construções com as devidas sugestões:1. Sentamos à mesa. (estar próximo, adjacente)

2. Sentamos na mesa. (estar em cima)Sendo assim, somente o contexto nos dirá que preposição é mais adequada para determinada situação.Pelo ambiente em que se encontra o verbo SENTAR, a construção mais provável seria com a preposição A, pois é possível a inferência de que, como se trata de uma sessão, as pessoas, no geral, não se sentam “em cima” da mesa de reunião.
2º ERRO: CONCORDÂNCIA VERBAL...quando se inicia os mais acalorados debates.
O verbo INICIAR tem quem como SUJEITO?

Se mudássemos a posição dos termos da frase, isto é, colocássemo-la (que palavra heim...hahaha) na ordem direta, teríamos:...quando os mais acalorados debates se INICIA (?)

Aqui há, portanto, um erro de concordância verbal, pois o sujeito do verbo INICIAR-SE é OS MAIS ACALORADOS DEBATES, cujo núcleo está no plural (DEBATES).

CORREÇÃO:...quando SE INICIAM os mais acalorados DEBATES (núcleo do sujeito).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

promoção gramática-últimos dias

Caros concurseiros, só estarei recebendo mensagens para a promoção da gramática do Pasquale até sexta-feira(13/02)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Questões de Português - Vale uma Gramática DO PROFESSOR PASQUALE

Caros amigos concurseiros, meus alunos, conforme prometido em sala de aula, estou postando as 4 questões para serem feitas por todos que queiram participar desta promoção. O aluno que primeiro responder as questões ganhará uma gramática do professor Pasquale - nova edição.(de acordo com o novo acordo ortográfico).

O primeiro email que chegar com as respostas corretas vai ganhar a gramática. Vale lembrar que, para evitar o "chute', duas das quatro questões devem ser justificadas.

Obs. Não se esqueçam de mencionar no email de onde sou professor de vocês.

As respostas devem ser enviadas para o email: professornetofontenele@ymail.com

As questões são as seguintes:

1. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase:

(A) Não basta que se critique as distorções dessa programação, é preciso que se saibam corrigi-las.

(B) Apenas 8% dos lares brasileiros ainda não conta com um aparelho de TV, a se darem crédito aos dados do Ibope.

(C) A qualidade dos inúmeros programas de TV destinados às crianças não alcança o nível que seria desejável, na opinião dos que o avaliam.

(D) Repercutem mal, junto aos educadores e psicólogos, o fato de que os critérios de avaliação dos programas são estritamente comerciais.

(E) Deveriam caber aos estudiosos acadêmicos interferirem mais diretamente na qualidade da produção dos programas infantis.

2. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase:

(A) Não há nenhum absurdo em se aproximar uma olimpíada de uma missão espacial, pois ambas estimulam a pesquisa científica.

(B) Não houve nenhum, entre os limites já enfrentados, que representassem uma barreira definitiva.

(C) A primeira manifestação das competições de que derivam as modernas olimpíadas ocorreram na Grécia antiga.

(D) Atualmente, contam-se não apenas com os melhores atletas, mas com os mais avançados recursos tecnológicos.

(E) Os desafios que se deve enfrentar a cada olimpíada representa um esforço sempre maior.

3. A concordância está de acordo com a norma padrão, na frase:

(A) Tratam-se de opiniões diversas sobre um e outro campo, que marcaram o desenvolvimento da humanidade.

(B) São aspectos – seja da ciência, seja da religião – que ultrapassa nossa possibilidade de compreensão do universo.

(C) Há conceitos, derivados diretamente do Evangelho, que podem ser interpretados de maneira que os torne extremamente nocivos.

(D) Sabe-se que as pessoas temem as descobertas científicas, pois as vê como prejudiciais, muitas vezes, à humanidade.

(E) Mesmo os postulados da ciência podem trazer, embutido neles, ensinamentos muito próximos da dúvida e da tolerância.

4. A concordância deixa de seguir a norma padrão, na frase:

(A) Registram-se, hoje, nas famílias mais pobres, taxas de natalidade maiores que a média brasileira.

(B) O número de pobres cresce mais do que as possibilidades de geração de riqueza.

(C) As condições de pobreza são perpetuadas, num ciclo vicioso, pois não existem postos de trabalho suficientes.

(D) Muitos empregados foram beneficiados com as mudanças nas relações trabalhistas, melhorando as condições de vida.

(E) Com isso, cresceu as diferenças regionais entre o Sudeste e o Nordeste, região sujeita a um clima inóspito.

Boa sorte a todos os meus queridos alunos.

Grande abraço!! Só alegria!!!!
Prof. Neto Fontenele

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

VIM ou VIR?

Caros amigos concurseiros, estou escrevendo, por solicitação de vocês, acerca da diferença no uso das formas vir e vim. Espero que esclareça as dúvidas de todos.

Temos que esclarecer que podemos usar as duas formas, mas cada uma no seu devido lugar.
- VIM é o pretérito perfeito de "vir" na primeira pessoa do singular:
Exemplos:
Todas as vezes em que vim sem agasalho, fiquei resfriado.
Sempre vim à missa nesta igreja, como sabes.
Nem parece que vim mais tarde – ainda há pouca gente no salão.

Se meus queridos alunos perceberem, pode-se tirar o sujeito de cada uma das frases acima: Quem veio? R – EU. Portanto, o vim deve ser usado em primeira pessoa do verbo vir no pretérito perfeito do indicativo. Quando houver a dúvida vejam sempre se dá para colocar o eu antes. (Nesse caso não pode aparecer o “quando”, o que caracterizaria o futuro do subjuntivo do verbo ver, que deve ser escrito: quando eu VIR. Veja sobre esse caso no final desse artigo).

A forma vir, por sua vez, pode ser encontrada em algumas ocasiões:

1. VIR é infinitivo, que pode ser usado de diversas maneiras: junto a outros verbos, em locuções verbais, ou mesmo sozinho em frases como:
a. Vir bem trajado ao trabalho demonstra zelo. = Isso demonstra zelo.
b. Vir de bermudas não é proibido. = Isso não é proibido.
Percebam que nestas frases o verbo VIR está presente em sujeito oracional dos verbos demonstrar (demonstra) e ser (é) respectivamente.

2. Usem o infinitivo "vir" (no afirmativo ou negativo) depois de preposição:
Exemplos:
Ele tem a obrigação de vir cedo.
Os sobrinhos têm prazer em vir a nossa casa.
O ministro fez de tudo para vir ao Estado, mas teve que ficar em Brasília no fim de semana por causa de compromissos de última hora.
Sem dúvida, eles têm motivos para não vir aqui.
O Jô disse aos alunos que é para vir à aula amanhã. Mas nada de vir de chinelos!

3. Usem "vir" nas locuções verbais [verbo auxiliar + infinitivo]:
Podem vir!
Exemplos:
Os alunos devem vir uniformizados, alertou a diretora do colégio.
Não sei se os sobrinhos vão vir aqui nas próximas férias.
Os garis têm de/que vir recolher o lixo desta viela todas as noites.
Temos certeza de que agora vocês já sabem vir sozinhos.
Eu vou vir acompanhado, posso?

4. Vir agora é o futuro do subjuntivo do verbo Ver:Vejam o verbo VIR no pretérito perfeito do indicativo: eu vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram, assim o futuro do subjuntivo: quando vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Verbo VER, pretérito perfeito do indicativo: eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós vistes, eles viram. Então, o futuro do subjuntivo do verbo VER nasce do radical de “viste”, “vistes”, ou seja, vi + R (desinência do futuro do subjuntivo): VIR.
Quando eu vir, tu vires, ele vir, nós virmos, vós virdes, eles virem.
Exemplos:
Quando eu vir os resultados, darei minha decisão.
Quando eu vir as roupas, direi se compro.
Quando eu vir meu resultado, ficarei muito feliz.

Grandes amigos, espero ter solucionado todas as dúvidas.
Só alegria e sem medo de ser feliz!!!!

Professor Neto Fontenele

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DICAS DE ESTUDO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Olá, meus queridos concurseiros,

Venho mais uma vez no meu blog "Português Comentado, para tratar agora de uma pergunta bastante requisitada por meus alunos que é: "-Professor, como faço para aprender Gramática?".
Li um excelente artigo do grande professor Rodrigo Bezerra tratando do mesmo assunto e decidi colocá-lo aqui para que vocês possam apreciar as dicas desse mestre.

Em primeiro lugar, quero avisar que não há milagres – ou o "cabra" senta e estuda, ou vai sempre "sofrer" com os assuntos da nossa língua. Sei que cada indivíduo possui facilidade para certas matérias mais do que para outras. Mas não existe conhecimento que não possa ser aprovisionado, apreendido, aprendido, conhecido e dominado. Por isso, se você é daqueles que dizem: "Essa matéria é muito difícil, é cheia de exceções; eu não suporto estudar português!", confesso que a missão será mais difícil. É preciso "quebrar essas barreiras" e partir para a luta. Reconhecer o problema – confesso – já é um passo importante. No mais, é sentar os glúteos e estudar.

Para você que está iniciando os estudos agora, para você que está com o "baú do conhecimento da nossa língua portuguesa" fechado há anos e não tem nem idéia do local onde se encontra a chave, para você que está com sérios problemas em português, sugiro que siga o roteiro abaixo:

1. Inicie seus estudos em morfologia.

Você primeiramente precisa conhecer os aspectos morfológicos de que se revestem os vocábulos da nossa língua. Precisa saber classificá-los adequadamente. Dê especial atenção às seguintes classes na seguinte ordem: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, verbo, advérbio, conjunção e preposição.
Lembre-se: você não precisa saber todos os detalhes, todas as minúcias. Ficar decorando todos os femininos e todos os coletivos de nossa língua é, sem dúvida, perda de tempo. Atenha-se às questões mais relevantes. Se precisar, busque o auxílio do seu professor/orientador.

Obviamente, dê atenção mais que especial para a "morfologia verbal". É um dos assuntos mais cobrados nas provas dos diversos institutos. Fique atento ao emprego dos tempos e dos modos verbais. Ademais, esteja atento aos paradigmas de conjugação de alguns verbos, como os verbos derivados e os defectivos, por exemplo.

Nesta parte da gramática normativa, é importante também que relembre o assunto "Estrutura e formação de palavras". Leia os principais radicais gregos e latinos e seus respectivos significados, mas de forma tranqüila. Sem a preocupação excessiva com a "decoreba". Apenas os leia; certamente seu cérebro aprovisionará os significados essenciais. Não se esqueça de estudar os mecanismos de formação das palavras.

2. Passe para o estudo da sintaxe

Aqui o seu desafio será maior. Você precisará raciocinar bastante. Boa parte das questões que envolvem gramática normativa sai dessa divisão da gramática. Portanto, estude com afinco esta área.
Inicie seus estudos pelo reconhecimento e classificação do sujeito. Concomitantemente você precisará estudar o assunto "predicação verbal". A seguir você deve estudar os seguintes assuntos ordenadamente (não altere a ordem, pois um é condição para o outro):

a) Estudo dos complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);
b) Conversão de voz ativa em voz passiva e vice-versa;
c) Distinção entre o adjunto adnominal e o complemento nominal;
d) Estudo do verbo "haver";
e) Estudo do período composto: orações coordenadas sindéticas, orações subordinadas adverbiais e adjetivas. Leia a respeito das orações substantivas. Preocupe-se pouco com a nomenclatura (oração subordinada tal ou qual). Saiba, acima de tudo, empregar corretamente os conectivos subordinativos adverbiais e os conectivos coordenativos.
f) Estude a concordância verbal. (Se aqui você tiver dificuldades, sugiro que estude primeiramente o assunto "sintaxe de oração: o sujeito".)
g) Estude a concordância nominal;
h) Estude a regência verbal. Leia sobre a regência nominal. Estude o emprego dos pronomes relativos preposicionados;
i) Estude o emprego do acento grave – a crase, por ser um assunto derivado do assunto "regência".
j) Estude agora a colocação dos pronomes átonos dentro de uma oração.

3. Pontos finais do seu estudo

Depois de passar pela sintaxe, você poderá estudar outros assuntos. Estude a acentuação dos vocábulos e, depois, leia o capítulo sobre "ortografia". Por fim, estude o emprego dos principais sinais de pontuação, notadamente o uso da vírgula.

4. Interpretação de textos

Divida o tempo de estudo da gramática normativa com a resolução de questões que envolvam a interpretação de textos. A prática da interpretação ainda é o melhor caminho para se aprofundar a percepção para questões que exijam a compreensão textual.

5. Resolução de provas

Ao passo que estuda os assuntos, procure resolver exercícios que os abordem. Não importa se você está errando ou acertando (é bom que acerte, é claro). O importante aqui é estar em contato com a prática, com as provas já aplicadas. Procure, sempre que possível, resolver questões do instituto que elaborará o seu certame. É fundamental apreender o estilo da banca. Ficar atento aos assuntos mais cobrados e à forma como tais assuntos são cobrados também é essencial.

Com as dicas de Rodrigo Bezerra nas quais acredito, dá para aprender com entusiasmo o nosso idioma.

Um abraço e só alegria!!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

DÚVIDAS DE MEUS ALUNOS

Olá, meus queridos alunos, volto ao blog para resolver algumas questões enviadas por email pelo aluno de Tianguá(um abraço a todos os meus alunos deTianguá) Leandro Damasceno.
O email foi o seguinte:

Professor... Por favor explique e resolva essas questões.

1. Da parte do Brasil, a disposição para o diálogo continuava, não eram necessários terceiros presentes na conversa. No trecho acima, terceiros e presentes classificam-se, respectivamente, como:
a) numeral e adjunto
b) substantivo e adjetivo
c) adjetivo e substantivo
d) numeral e substantivo
e) adjetivo e adjetivo

2.Em não se agride um parceiro, o termo grifado classifica-se como:

a) partícula apassivadora
b) índice de indeterminação do sujeito
c) pronome refletivo
d) parte integrante do verbo
e) conjunção integrante

3.Estão todos os países informados que o Brasil aceita qualquer desaforo e que, além de não reponder, promete ajuda ao país que o ofende.

Os casos grifados acima da ocorrência da palavra QUE classificam-se,respectivamente,como:

A)conjunção integrante-pronome relativo-conjunção integrante
b)pronome relativo-conjunção integrante-conjunção integrante
c)pronome relativo-pronome relativo-conjunção integrante
d)conjunção subordinada final-conjunção subordinada final-pronome relativo
e)conjunção integrante-conjunção integrante-pronome relativo

Obrigado!!!!

Vamos, então aos comentários:

Na primeira questão a frase: "Da parte do Brasil, a disposição para o diálogo continuava, não eram necessários terceiros presentes na conversa." está na ordem inversa. Colocando a segunda oração na ordem direta temos: Terceiros presentes na conversa não eram necessários. Percebam que o verbo eram necessários está no plural exatamente para concordar com terceiros, que neste caso é núcleo do sujeito (por esse motivo será classificado como substantivo), percebam também que presentes concorda nominalmente com terceiros sendo, portanto, adjunto adnominal.
Resposta correta letra: B

Na segunda questão temos: não se agride um parceiro. Nesse caso temos um verbo transitivo direto. E, conforme as explanações passadas, pode-se perceber que o "SE" é particula apassivadora. Dá para transformar a oração no seguinte: Um parceiro não é agredido.
Portanto, resposta correta: A.

Na terceira, temos: "Estão todos os países informados que o Brasil aceita qualquer desaforo e que, além de não reponder, promete ajuda ao país que o ofende." Podemos perceber que as orações: "...que o Brasil aceita qualquer desaforo e que promete ajuda ao país..." são complementos do verbo informar, portanto são orações subordinadas substantivas. Sabe-se que a palavra que, quando inicia oração subordinada substantiva, é classificada como conjunção integrante. Já em: "ao país que o ofende" esse que pode ser facilmente transformado em o qual, fazendo retomada anafórica da palavra país. Neste caso, temos um pronome relativo.
Portanto, resposta correta: E.

Tinha uma quarta questão que prometo analisar em breve. Grandes concurseiros, até a próxima. Se tiverem mais dúvidas, é só mandar que comento aos poucos. Grande abraço e SÓ ALEGRIA!!!!

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